Suruba
Em breve celebrarei 7 anos do meu exílio voluntário aqui em Paris. Em 2013 comecei a ficar de mal com a Pátria Amada, por inúmeros motivos. Dentre os quais, um movimento crescente de desqualificação da democracia. O outro, um movimento de banalização da corrupção, como se o molho socialista. . .
Mulher livre
Era nossa primeira conversa ao telefone:– Alô? Oi? você ouviu o que perguntei? – Desculpa, me dispersei. Pode repetir? – É por causa do meu sotaque, né? – Não mesmo. É que você fala muito, como todas as mulheres, e eu tenho dificuldade em me concentrar no que dizem.. . .
Um beijo, um abraço, um aperto de mão
Preciso falar sobre o contato físico. Mas antes, devo esclarecer: o título da crônica de hoje é o mesmo de uma peça de teatro, escrita por Naum Alves de Souza (1942-2016) e levada aos palcos cariocas, em 1986, com Marieta Severo e Pedro Paulo Rangel no elenco. O dado. . .
Look do dia
Nunca fui fã de moda. Não sei se pelo fato de ser do Rio de Janeiro, onde moda é rabo de cavalo, sandálias Havaianas e canga amarrada na cintura, com um vestidinho na bolsa de palha para emendar em algum evento pós-praia. Ou um top de neoprene para segurar. . .
Francês e inglês
Por circunstâncias da vida profissional e pessoal, tenho falado muito inglês ultimamente. E tem sido muito bom perceber como, no caso do inglês, é praticamente como andar de bicicleta: dou umas cambaleadas no início, depois vou em frente na maior segurança. E isso já é uma façanha e tanto,. . .
Mãos
Poucas coisas me comovem tanto quando afago nas mãos. Nem precisa ser nas minhas, basta eu ver duas pessoas tocando-se nas extremidade e já me derreto. Por vezes, enquanto as mãos se enlaçam, os olhares andam perdidos ou os rostos andam desviados a pontos cardinais distintos. Mas as mãos. . .
A profissional do sexo e o professor
-Vous m’avez fait rougir… (você me fez enrubescer – numa tradução literal – ou “você me deixou deixou vermelho”) – foi a frase do dia, para entrar em mais uma das muitas histórias desta minha vida parisiense. Mas eu não tive culpa. Como muitos dos meus leitores sabem, escrevo. . .
Tratado sexual parisiense
Flanar. Beber vinho. Mergulhar no vasto universo da moda, arte e cultura. Comer bem. Todos os clichês de Paris parecem convergir para a estrada rumo ao hedonismo. Aqui espera-se pelos fins de semana como um réu pela sentença. As “vacances” (férias anuais de quase dois meses no verão). . .