Soneto de Domingo em Paris

Ha seis anos aqui cheguei 

Com duas malas e uma mochila. 

E para trás eu nunca olhei

Se não a gente vacila

Sou imigrante com alma de artista

A exercer o ofício de jornalista

Meu coração é vermelho salgueirense

E, quem diria, essa carioca, acabou parisiense.

Tentando manter a rima

Conto histórias aos domingos 

Para não perder  o clima

Ah! Como tem desafios a vida de quem nasce menina.

Toda mulher quer ser amada, a Rita Lee nos ensina

E toda mulher quer ser feliz, 

Seja no Brasil ou em Paris.

E meio assim de repente, vim parar aqui. Sozinha 

Mas a vida, essa danadinha, logo me surpreendeu 

Arrumando pra mim tão boa vizinha 

E com ela caminho sob o céu

De celeste manchado de rosa

E foi sim Madame Eiffel

Quem me fez trocar pelo verso a prosa

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