A pátria e o amor

Eram mais de cem mil pessoas no Champs de Mars neste dia 14 de julho de 2018. Pensava não ter mais idade para este tipo de programa: grandes aglomerações em shows ou eventos gratuitos em meio à multidão. Depois pensei: quem já aguentou Rock in Rio no lamaçal em 1985 (sim, crianças, a tia foi ao primeiro Rock in Rio) não iria intimidar-se com o ponto alto da festa nacional francesa, a famosa queima de fogos na torre Eiffel. Para quem é do Rio de Janeiro, posso descrever com um pouco mais de precisão, pois trata-se de uma espécie de. . .

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Nós sempre teremos o Carnaval…

Na hora que a saudade bate ninguém sabe explicar a sensação de vazio a preencher o coração de um expatriado.  Essa contradição, do manter o pé em um lugar e o sentimento no outro, tem razões psíquicas, atávicas, genéticas, culturais, antropológicas, enfim, razões que a própria razão desconhece. Tirando aqueles que não têm escolha – exilados políticos, refugiados de guerra – quem saiu da terra natal em busca de outras paragens está em outro lugar por livre e espontânea vontade. Mas a grande verdade é que nem mesmo a  mais cartesiana das almas conseguirá passar incólume por alguma derrapagem na curva. . .

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